Índio Mura

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

NESTE DOMINGO: INAUGURAÇÃO DE ESTÁTUA DE HOMENAGEM AOS CABANOS

Amigos cabanos de hoje, vejam só que boa notícia! O Pe. Edilberto Sena resolveu não esperar mais que o poder público inaugure um monumento, praça ou rua com nome dos cabanos. Ele mesmo e sua irmã Enoy Sena vão inaugurar uma estátua de homenagem aos cabanos bem em frente a casa deles, em Santarém (Pará). O autor da escultura é o conhecido artista Apolinário.


E nós que estamos aqui perto devemos estar lá com nossa galera e o maior número possível de guerreiros(as), para fazer bonito. Desde já, muita divulgação!!!! Corramos para o facebook, Orkut, listas, telefone, conversa ao vivo etc. Afinal, já será neste fim de semana.

O que? Inauguração da estátua de homenagem aos patriotas cabanos

Quando? 22/01/2012 (domingo)

Local: Residencia do Pe. Edilberto e da Enoy Sena, Trav. Assis de Vasconcelos, N. 432 (próximo da Av. Rui Barbosa) – Bairro da Aldeia

Que horas? Às 09:30 hs (manhã)

Obs. A festa é da partilha cabana. Por isso, cada um leve um pouco de suco, café ou pão ou bolacha (beijus e tarubá serão muito bem vindos), para a partilha ritual cabana. E de animação, levem tambores, fogos de artifício, megafone, faixas e os sempre presentes chapéus de palha e blusa ou vestido vermelho.

Todos à inauguração da estátua dos cabanos!!!!! A gente se vê lá.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Uma ótica sobre o II Encontro da Cabanagem em Cuipiranga - Santarém, 06-08/01/12

Wilverson Rodrigo S. de Melo - Pesq. de História da Amazônia
Mística e emoções. É assim que podemos definir o II Encontro da Cabanagem.

A chegada dos caravanistas na comunidade de Cuipiranga - último reduto organizado de resistência cabana no Grão-Pará - foi marcada por uma recepção dos comunitários com a manifestação cultural do Marambiré e posteriormente seguimos para apresentações e interações com os residentes da comunidade no barracão comunitário.
A tarde deu-se início as discussões e provocações quanto a Revolução Cabana entre a comitiva caravanista juntamente com a comunidade. Na ocasião foram levantados muitos questionamentos tais como: a participação da mulher na Cabanagem; as andanças do Cônego Batista Campos pelo Baixo Amazonas; implicações desta revolução com a matriz de identidade amazônida; quais as relações do retrospecto histórico cabano com as  lutas dos amazônidas na atualidade. Todos estes temas alimentaram um proveitoso debate e roda de conversa com respeito a Guerra da Cabanagem, tornando-se um momento ímpar deste Encontro.
Ao cair da noite, fora exibido na comunidade dois filmes documentários de curta duração: "Caravana da Memória Cabana" imagens de Florêncio Vaz e edição de Ramom; e "Memórias cabanas" do cinegrafista santareno Clodoaldo Corrêa... na ocasião, a própria comunidade pode vislumbrar-se como protagonista deste acontecimento histórico.
Mas sem dúvida o dia 7 de janeiro (sábado) fora o dia mais marcante - seja por ter sido a data marco da 1ª tomada de Belém pelos Cabanos - os caravanistas juntamente com comunitários caminharam por uma das trilhas utilizadas pelos cabanos na época para manter comunicação com os postos de resistência do lado de Cuipiranga do Amazonas, bem como para imprimir fuga das tropas anti-cabanas. A caminhada iniciou-se com uma forte mística transcedental, que levou-nos a refletir sobre a luta, o cotidiano, os desafios e perspectivas dos cabanos da época, fora um momento muito emocionante marcado pela honra e memória ao sangue dos cabanos derramado em prol de um ideal, posteriormente dada a caminhada, a comitiva visitou a Vila do Guajará e a Vila Amazonas,onde fomos muito bem recepcionados e convidados a almoçar peixe assado e calderado do mesmo. Em regresso a Cuipiranga do Tapajós, ao cair da noite vislumbramos o filme longa metragem "O Cônego - Senderos da Cabanagem" do cineasta Paulo Miranda, no qual pudemos observar as lutas de Batista Campos e militantes no Grão-Pará pré 1835.
Mas como fora mencionado no início, este II Encontro fora marcado pelo místicismo e emoções, creio que momentos como o debate e discussões, a mística da caminhada da trilha dos cabanos, as rodas de conversa que vararam madrugada a fora do dia 7 para o dia 8, como também a mística no cemitério dos cabanos ocorrida na manhã do dia 8 de janeiro de 2012, foram acontecimentos marcantes que entraram para a história de Cuipiranga e até mesmo dos caravanistas - que eram um grupo muito diverso, sendo composto de cantores, estudantes, professores, vereador, sindicalistas, militantes sociais, pesquisadores, antropólogos, representantes de organizações governamentais e não-governamentais, cineasta, ator, etc.
Toda a mística em rememorar os acontecimentos e a luta dos cabanos está no sentido de honrar suas lutas e seus sacrifícios em prol de um ideal e melhoria de vida de suas gerações futuras - nós -, como a passagem bíblica em 2 Timóteo 4:7, menciona "Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé"...estes nossos antepassados cabanos travaram sangrentos combates, morreram pela causa, agora cabe a cada um de nós perpassar essas memórias e militar em favor de melhorias de vida de nosso povo contra a política neoliberal que tenta dizimar a cultura e identidade amazônida por meio da opressão cultural e subalternidade da dignidade do povo da Amazônia.
Há muito tempo o silêncio paira sobre o ecossistema amazônico, chegou o momento de descortinarmos os fatos e acontecimentos esquecidos, suplantados e ocultados a sociedade brasileira, especificamente a amazônida, pois tão certo como torna-se um delito grave tirar a vida de alguém, muito mais grave é manter o exímio esquecimento de nossa história e de seus mártires, pois um povo sem memórias é um povo sem história, logo torna-se um povo apático, alienado quanto a sua origem.
Então precisamos focar nossa visão no futuro, pois é certo que "ao visitar o futuro percebemos que este é perfeito e agradável;no entanto, para que permaneça assim, faz-se necessário saber de onde viemos, cultivar o nosso presente para então projetar este tão sonhado e simétrico futuro" (Wilverson Rodrigo S. de Melo - pesquisador de história da Amazônia).
Este é o momento de fazermos a diferença, de nos impormos e tentar se não reescrever ao menos ressignificar nossa história.... Saiamos do comodismo e tornemo-nos protagonistas de nossa história, que céus e terra sejam nossos testemunhos, que o tempo seja nosso papel e nossas atitudes e ações o tinteiro responsável por escrever no tempo o memorial de nossa vida, "pois o homem é filho de seu tempo". (BLOCH, Marc. Apologia da História ou ofício do Historiador).

VIVA A CABANAGEM!!!
A REVOLUÇÃO CABANA NÃO MORREU, NÓS SOMOS OS NOVOS CABANOS!!

MAIS FOTOS DE CUIPIRANGA NO II ENCONTRO

A mística no dia 7 de janeiro antes da Caminhada dos Cabanos.Veja outras fotos, de Paulo Miranda:
https://plus.google.com/photos/104303221276380810660/albums/5696023600878876241#photos/104303221276380810660/albums/5696023600878876241
Fotos: Helton Havier - ICS/UFOPA

ALGUMAS IMPRESSÕES DO II ENCONTRO

Aqueles que estiveram em Cuipiranga neste final de semana são testemunhas de que a Cabanagem realmente não acabou. Continua bem viva na memória, na vontade e na prática política da nossa gente. Por isso o II Encontro da Cabanagem foi um sucesso, que aponta para outros desdobramentos. Afinal, os participantes saíram dali já planejando “o próximo ano”. Quero destacar alguns pontos da vasta programação do evento.


A folia do Marambiré – A comitiva que foi de Santarém já foi recebida na praia pelos cantores e tocadores dessa antiga tradição, hoje presente em poucas comunidades. As bandeiras vermelha e branca no meio daquela paisagem dominada pelo rio, pela areia e pelo verde da mata chamavam a atenção, entre muitos outros símbolos que começam a aparecer por todos os lados. Os mesmos senhores do Marambiré animaram a levantação e a derrubada do mastro, momentos muito solenes e festivos. Na Amazônia, marcam, respectivamente, o início e o término da festa de um santo. Em Cuipiranga, festejávamos a santíssima Trindade.

A Caminhada dos Cabanos – Saiu de Cuipiranga (rio Tapajós) e foi até Guajará e Vila Amazonas (no rio Amazonas), percorrendo cerca de 7 km. Além dos mais jovens de Santarém e Cuipiranga, havia alguns idosos, como o Seu Magno (popularmente conhecido como “Galo”), com quase 80 anos, pisando firme o chão por onde passaram seus antepassados. Os caminhantes iam quase todos vestidos de vermelho e usando chapéus de palha. Por onde passávamos íamos “soltando pistola” (fogos de artifício), a marca das festas no interior do Pará. Era algo realmente bonito. O momento da mística antes da saída, bem no meio da praia (areia vermelha) nos lembrou o sentido do vermelho (sangue), quando as pessoas ficaram ao redor de uma enorme bandeira vermelha, segurando as suas bordas. Havia evangélico, católico, pessoas sem religião, todos rezando a mesma fé. Do lado do Amazonas fomos recebidos com cânticos, sorrisos, sucos, água, bolachas, peixe assado e cozido etc. Essa Caminhada parece que vai ficar como uma romaria anual tradicional. Marque logo na sua agenda, dia 7 de janeiro de 2013: a Marcha dos Cabanos em Cuipiranga!

A Homenagem aos Mortos – A visita ao cemitério de Cuipiranga de fato acabou se constituindo o momento mais emocionante de todos os três dias. O local fica em cima de um pequeno morro ou ribanceira, com uma bonita vista para o rio. Todos subiram a escada, guiados por pessoas que levavam a bandeira vermelha e faixa, enquanto cantavam hinos das comunidades de base da Igreja. Lá em cima, houve a saudação ao cruzeiro com água de cheiro, a iluminação com velas (como se fosse o Dia dos Mortos), as orações e os cânticos puxados pelas nativas mais idosas, palavras de ordem, fogos de artifício pipocando... tudo foi muito forte. Os moradores falavam que aquelas almas estavam felizes porque estavam sendo lembradas. E eu pensei que estavam mesmo.

As sessões de filmes – Durante as noites houve a apresentação de “Memórias Cabanas”, documentários que mostra moradores mais velhos da região falando sobre a Cabanagem, e ainda um filme com os melhores momentos do encontro de 2011. Ali estávamos devolvendo às pessoas as suas próprias imagens e falas. E elas gostam de se ver na tela. Sentem-se orgulhosas com isso. É interessante como o vídeo tem esse poder de fazer as pessoas se verem diferentes, mais bonitas. Talvez se imaginam na televisão, como artistas, saindo do anonimato. Alguns pedem copias dos filmes para mandar para parentes em Santarém e Manaus. A estreia de “O Cônego” lotou o espaço do barracão onde acontecia o Encontro. A recriação do contexto da Cabanagem, com personagens mostrando suas emoções, sonhos e disposição para a guerra, serviu ainda mais para essa “viagem de volta” ao tempo dos cabanos.

Como eu falei, estes foram só alguns momentos. Mas teve jogo de futebol masculino e feminino, muito banho de rio, galinha caipira, piracaia (comida coletiva na praia), tarubá, caxiri, cerveja, carimbo animado pela nossa querida Cristina Caetano, amizade, namoro etc.

Prof.Dr. Frei Florêncio Almeida Vaz
(Coordenador do Proj. Memórias da Cabanagem - PAA/ICS/UFOPA)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

ALGUÉM MORREU EM CUIPIRANGA

José Ribamar Bessa Freire
08/01/2012 - Diário do Amazonas

Quem é que morreu em Cuipiranga? Foi algum cuipiranguense ilustre? Por que o cemitério dessa modesta comunidade ribeirinha está lotado com tanta gente nesta manhã de domingo, 8 de janeiro de 2012? Eram previstas 250 a 300 pessoas que sairiam às 8h00 caminhando pelo trapiche. Quantas vieram? Quem são elas? Por que desfilam, tão compenetradas, entre covas, tumbas e jazigos? Onde vão depositar as coroas de flores que carregam? De quem é, afinal, o velório? Qual o objetivo dessa romaria fúnebre? Aliás, pra começo de conversa, alguém aí, por favor, sabe me informar onde é mesmo que fica Cuipiranga?

A última pergunta pode ser esclarecida imediatamente. Cuipiranga tem um lugar reservado no mapa paisagístico, histórico e afetivo do Pará. Geograficamente, está situada numa língua de terra entre os rios Tapajós e Amazonas, quase em frente à Santarém. As questões sobre cemitério, morte e velório, porém, só podem ser respondidas se soubermos quem são os integrantes da romaria e o que fizeram juntos, ali, nos dias anteriores à visita ao cemitério.

Eles são moradores de Cuipiranga e das comunidades vizinhas, ribeirinhos, pescadores, artesãos, trabalhadores rurais, além de estudantes e professores da recém criada Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPa), alguns cineastas, antropólogos e historiadores vindos de São Paulo, de Belém, de Santarém.

Durante três dias, essas pessoas compartilharam um conjunto de atividades. No primeiro dia, levantaram o mastro da festa, celebraram cerimônia religiosa na praia e dançaram o marambiré, uma versão da folia de reis, com coreografia de passos bem marcados, na qual são apresentados vários personagens: o Rei Congo, vestido de branco, casaco adornado com talabarte de couro escuro e botas com enfeites de prata; a Rainha Mestra trajando vestido comprido, de seda em tons dourados, todo bordado; os vassalos-homens com calça comprida preta e as mulheres com vestido estampado.
Continue lendo: http://www.taquiprati.com.br/cronica.php?ident=954

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Um olhar nativo e historiográfico do II Encontro da Cabanagem

Em comparação a outros movimentos regenciais, nota-se quão esquecida e alienada é a Cabanagem para os alunos nas escolas e para a população do Brasil, de um modo geral. Tornando-se isso propositalmente, nada mais do que a imposição da ignorância e do obscurecimento desse movimento ao povo do Brasil, haja vista que, seu caráter revolucionário-popular fundamentado nos ideais da Revolução Francesa fora capaz de depor governantes, intimidar um Império, organizar-se não apenas enquanto insurreição, mas sim como uma “revolução” que tomara de forma efetiva o poder na Província do Grão-Pará. Daí o temor de tomar este movimento como símbolo ou marco histórico de um Brasil Pós-Independência, pois se a Farroupilha - Também uma revolta do período regencial - já virara Minissérie na televisão brasileira, a Cabanagem nem sequer ganhou espaço e difusão na região do ocorrido – antigo Grão-Pará e atual Região Norte do país -, o que por si só denota o exímio esquecimento.
Vale ressaltar que desde a “Evolução Política do Brasil (1933)”, os estudos antropológicos e historiográficos caracterizam a Guerra da Cabanagem como uma das, senão a principal revolução política ocorrida no Brasil, em toda sua História após 1822. Muito além, o antropólogo inglês David Cleary apud MAHALEM DE LIMA (2008, p. 294), destacou no ano de 1998, que ela deve ser pensada como uma das maiores e mais abrangentes revoluções políticas de todo o Novo Mundo.
Por tudo isto, esperasse como muita expectativa que este II Encontro fundamente-se nas premissas de dar voz e vez aos documentos, relatos e memórias dos descendentes dos cabanos, no intuito de fazer uma releitura dos pequenos traços dessa revolta popular sob a ótica da Micro-História, haja vista que estes delineamentos também buscam auxílio na história escrita por Vicente Salles no livro “O Negro na formação da Sociedade Paraense”, em que o autor procura escrever a história defendida por Michelet, “a história daqueles que sofreram, trabalharam, definharam e morreram sem ter a possibilidade de descrever seus sofrimentos”.

Todavia, fato é, que ainda há muito a ser estudado sobre a Guerra da Cabanagem, sobre o seu palco de conflitos, sobre como se denominavam e qual era a ideologia dos cabanos, todavia é um massacre que a história daqueles que foram suplantados permaneça sepultada e caia no esquecimento perpétuo. Deve-se dar vez e voz aos descendentes das muitas vozes que se calaram e dos muitos corpos que jorraram sangue, na perspectiva de reescrever a história da cabanagem sob a ótica dos vencidos, desmistificando a historiografia tradicional que até hoje permeia nos livros e nas histórias disseminadas pelos discursos político-partidários.
Se a Revolução Francesa, a Revolução Inglesa e a Revolução Russa até hoje são cultuadas e idolatradas, porque não, dar a tamanha importância e enfoque a uma das maiores – se não a maior – Revolução do continente Americano: a Revolução Cabana.


¹Pesquisador de História da Amazônia e Co-coordenador do II Encontro da Cabanagem
     w.rodrigohistoriador@bol.com.br

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Foto: Renato Oliveira

ATENÇÃO, A VIAGEM JÁ VAI COMEÇAR

Estamos a poucas horas da viagem, e tudo indica que ela vai ser um sucesso. Graças inicialmente ao pequeno, mas aguerrido, grupo dos estudantes universitários do Projeto Memórias da Cabanagem. Todos voluntários, é importante frisar. Nossos sentimentos neste momento só podem ser de profunda gratidão a todas e a cada uma das pessoas que nos apoiaram no patrocínio. De modo especial, obrigado ao SINTEPP (Sindicato dos Trabalhadores de Educação Pública do Estado do Pará) pela decisiva ajuda no frete do barco; ao Deputado Edmilson Rodrigues (PSOL) pela passagem do ator José Jorge de Lana; à Prefeitura Municipal de Santarém pela passagem do diretor Paulo Miranda (ambas no trecho Blm-Stm-Blm) e ao vereador Carlos Jaime (PT) pelo ajuda em combustível e alimentos.

É claro que houve muitos Não, porém, o que mais nos alegra é que houve muitos Sim. Desde a generosidade daqueles que deram dois quilos de arroz, açúcar e farinha de mandioca, aos que mesmo sem poder participar da viagem doaram R$50,00. A soma desses gestos é que está fazendo o nosso sonho acontecer. É o sonho cabano de ontem e de hoje, da partilha e da solidariedade. Somos gratos igualmente pelo pacote de bolacha e pela passagem aérea. Estamos certos que os espíritos dos cabanos(as) também estão contentes e nos mandam luz, saúde, força. Que Deus Pai-e-Mãe retribua a todos(as) pelo apoio e que faça seus sonhos vingarem neste ano de 2012