Índio Mura

domingo, 17 de novembro de 2013

TEMPOS DE REVOLTAS NO BRASIL OITOCENTISTA: A “REVOLUÇÃO CABANA” EM SANTARÉM NA REGIÃO DO BAIXO AMAZONAS PARAENSE (1834-1838)

TEMPOS DE REVOLTAS NO BRASIL OITOCENTISTA: A “REVOLUÇÃO CABANA” EM SANTARÉM NA REGIÃO DO BAIXO AMAZONAS PARAENSE (1834-1838)

Wilverson Rodrigo Silva de Melo
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
w.rodrigohistoriador@bol.com.br

RESUMO - A Guerra da Cabanagem (1835-1840) completou neste ano, 178 anos. Estudos e pesquisas recentes mostram que o Baixo Amazonas foi à área de maior resistência depois de Belém na província do Grão-Pará - me atrevo a dizer que foi a maior. A partir de leituras de documentações do Arquivo Público do Estado do Pará e expedições pelo Baixo Tapajós, é possível identificar importantes variações nos relatos e memórias sobre esta revolta/revolução. Tal fato desencadeou uma série de questionamentos e inquietações que visam discutir esta “Revolta” sob uma ótica que possibilite historicizar a tomada de Santarém (“capital do Vale Amazônico no Baixo Amazonas”) pelas tropas cabanas; a Guerra da Cabanagem do ponto de vista dos “descendentes dos cabanos” de Cuipiranga; a derrocada do reduto cabano no Tapajós; bem como discutir o sujeito e uso do termo “cabano”.

Palavras-chave: Cabanos, Santarém, Cuipiranga. 




DADOS CATALOGAIS INTERNACIONAIS DE PUBLICAÇÃO:

MELO, Wilverson R. S. de. Tempos de Revoltas no Brasil Oitocentista: a “Revolução Cabana” em Santarém na Região do Baixo Amazonas Paraense (1834-1838). In: VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA: CULTURAS E IDENTIDADES, 2013, Arquivos e Ditaduras (Anais) ... Goiânia: Universidade Federal de Goiás (UFG), 28 de Outubro a 1º de Novembro de 2013, pág. 1-23. (CD ROM).


OBS: O TRABALHO COMPLETO PODE SER DISPONIBILIZADO VIA: Programa de Pós-Graduação em História da UFG; ANPUH-GO ou pelo e-mail: w.rodrigohistoriador@bol.com.br



Prof.º MsC* Wilverson Rodrigo Silva de Melo
Historiador; Pesquisador de História da Amazônia;
Co-coordenador dos Encontros da Memória da Cabanagem;
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em História
da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

“Novos cabanos”: o recente processo de ressurgimento e ressignificação de identidade no Baixo Tapajós

“Novos cabanos”: o recente processo de ressurgimento e ressignificação de identidade no Baixo Tapajós

Wilverson Rodrigo Silva de Melo
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
w.rodrigohistoriador@bol.com.br

RESUMO - Este trabalho tem por objetivo analisar o processo cultural de ressignificação de identidade de alguns grupos indígenas, e um pequeno percentual de povos tradicionais e quilombolas da mesorregião do Baixo Tapajós no Oeste do Estado do Pará, mediante a apropriação identitária do termo “novos cabanos”, proveniente dos estudos recentes sobre a Revolução-revolta da Cabanagem no Grão-Pará em meados do século XIX. A proposta metodológica fundamentou-se a partir de levantamentos e análises documentais do Arquivo Público do Estado do Pará (APEP) – no que tange ao conhecimento do processo histórico – dos quais foram selecionados e reunidos parte dos documentos datados de 1833-1854 (versão digitalizada). Também foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica que abrange o debate historiográfico entre pesquisadores que abordam o uso do termo cabano, tais como: Basílio de Magalhães, Luís Duque, Domingos Raiol, dentre outros; bem como uma literatura teórica referente a temas como identidade, simbolismos e Cabanada em Pernambuco: Stuart Hall, Mircea Eliade e Marcus Carvalho, respectivamente. A pesquisa se apoia igualmente em relatos orais, obtidos por meio de entrevistas audiovisuais e conversas informais realizadas durante o I Encontro de Memórias da Cabanagem (Cuipiranga – Santarém – Pará, jan. 2011). O termo “cabano”, segundo Duque (1898), seria uma expressão que advém das diversas revoltas de homens de cor em diversas regiões do Brasil, as quais eram classificadas como “cabanadas”, de modo pejorativo, devido à formação de seus exércitos serem compostos de caboclos, índios, mestiços e negros do interior das províncias, tais como a Cabanagem e a Cabanada ou Revolta das panelas, (além de significar os que habitavam em casas muito pobres alcunhadas de “cabanas”). Partindo de tais pressupostos, infere-se que os recentes estudos sobre a cabanagem deslocada dos arredores de Belém e norteada na protagonização no Baixo Tapajós e Médio Amazonas; o processo de resistência ao capital estrangeiro e projetos governamentais neoliberais para a Amazônia (construção de numerosas hidrelétricas, dentre outros) e o processo de emancipação política das regiões oeste e sul do Estado do Pará (Projeto Estado do Tapajós e Carajás respectivamente); de certa forma tem sido tomado como base para a apropriação identitária do termo “novos cabanos” (por parte das categorias sociais citadas acima), mediante um processo de ressignificação atrelado a qualidades como bravura, coragem e resistência observadas e compartilhadas no cotidiano dos “ancestrais cabanos”, o que por si só externa uma noção de identidade, significados e adoção de simbolismos como discutem Canclini (2006, p. 190) e Hall (2006, p.65). Este delineamento se situaria na interface de cultura, a qual Geertz (1973, p. 245, 89) define como um sistema ordenado de significados e símbolos, em cujos termos os indivíduos definem seu mundo, revelam seus achados e fazem seus julgamentos; é, pois também um padrão de significados, transmitidos historicamente, incorporados em formas simbólicas por meio das quais os homens comunicam-se, perpetuam-se, desenvolvem seu conhecimento sobre a vida e definem sua atitude em relação a ela.

Palavras-chave: movimentos sociais; ressignificação de identidade; novos cabanos.


DADOS CATALOGAIS INTERNACIONAIS DE PUBLICAÇÃO:

MELO, Wilverson R. S. de. “Novos cabanos”: o recente processo de ressurgimento e ressignificação de identidade no Baixo Tapajós. In: VI CONGRESSO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA, 2013, Democracia e Autoritarismo no Mundo Contemporâneo (Anais) ... Maringá: Universidade Estadual de Maringá (UEM), 25-27 de Setembro de 2013. v.6. pág.  1-13.


TRABALHO COMPLETO DISPONÍVEL EM:  http://www.cih.uem.br/anais/2013/trabalhos/437_trabalho.pdf 

Prof.º MsC* Wilverson Rodrigo Silva de Melo
Historiador; Pesquisador de História da Amazônia;
Co-coordenador dos Encontros da Memória da Cabanagem;
 Mestrando do Programa de Pós-Graduação em História
da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)