Florêncio Vaz é frade franciscano e antropólogo e ativista indígena, professor na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), em Santarém, pesquisador sobre a história e a cultura da região do baixo rio Tapajós.
Deborah Goldemberg, antropóloga e escritora, conheceu Florêncio Vaz na Reunião da ABA de 2008 em Porto Seguro, BA. Escreveu uma crônica em um post no seu blog sobre um incidente que vivenciaram juntos.
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Em 2009, Florêncio convidou Deborah para integrar a Caravana Cabana, colher as histórias de vida das mulheres descendentes dos Cabanos que vivem às margens dos Rios Arapiuns e Tapajós e, a partir disso, desenvolver textos poéticos ou prosaicos. Abaixo, o convite de Florêncio:
“Como as mulheres mais velhas foram as principais responsáveis pelo repasse desta memória rebelde, e foi por causa do que nossas avós nos contaram que hoje sabemos algo da versão dos 'vencidos', penso que ainda da falta ouvir e documentar mais a voz dessas mulheres. E elas estão quase todas morrendo. Que tal você vir aqui, gravar a voz delas? A imagem delas? Disso pode resultar poesias, livros de memórias, documentário... Nem sei. Mas que isso fique gravado para os que virão já seria algo tão maravilhoso. E justo neste momento em que nossa gente se interessa tanto pela sua história, sua origem, sua memória. Você tem uma vontade, ousadia, própria para essa iniciativa.”
“Como as mulheres mais velhas foram as principais responsáveis pelo repasse desta memória rebelde, e foi por causa do que nossas avós nos contaram que hoje sabemos algo da versão dos 'vencidos', penso que ainda da falta ouvir e documentar mais a voz dessas mulheres. E elas estão quase todas morrendo. Que tal você vir aqui, gravar a voz delas? A imagem delas? Disso pode resultar poesias, livros de memórias, documentário... Nem sei. Mas que isso fique gravado para os que virão já seria algo tão maravilhoso. E justo neste momento em que nossa gente se interessa tanto pela sua história, sua origem, sua memória. Você tem uma vontade, ousadia, própria para essa iniciativa.”
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