Crônica de José Renato da Costa Oliveira Júnior, acadêmico da UFOPa.
Viemos todos, de diversos cantos.
Nos unimos. Porque?
Havia a pergunta, e no início era apenas o que havia.
Respiramos fundo, mergulhamos, mãos dadas, olhos abertos.
Encontramos a escuridão, ela nos cumprimentou.
Olhamos e vimos ao longe uma chama pequena, tímida, convidativa.
Fomos mais fundo e a pequena chama se agigantou.
Pisamos no chão agora frente a frente com a claridade.
Pudemos ouvir passos, o baque surdo de pés no chão. Sentir gostos, amargos, doces, ancestrais.
Ao nosso redor, vultos, movimentos, mãos e pés, pinturas no corpo. Expressões sendo delineadas.
A Floresta envolveu-nos. Nos ninou em seus fortes braços, disse para não termos medo.
O Silêncio então se fez, e O Passado se abriu através das chamas.
Havia algo ali. Vozes. Aqueles que se foram.
Correntes quebradas, sonhos de "Aruanda".
Uma canoa na beira do rio. Ela jamais veria seu dono novamente.
Flechas quebradas.
Havia a memória, e enfim aqueles que a ouviriam.
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