Índio Mura

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

PLACA DE HOMENAGEM AOS CABANOS NO CEMITÉRIO DE CUIPIRANGA

DEIXADA DURANTE O I ENCONTRO DA CABANAGEM

Os dizeres são:

175 ANOS DA CABANAGEM
“Ainda que os pés pisem mil anos neste lugar
Não apagarão o sangue dos que aqui caíram
E não se extinguirá a hora em que caístes
Ainda que mil vozes cruzem este silêncio”.
(Pablo Neruda)

Nesta terra vermelha, nós cidadãos(ãs) amazônidas nos reunimos,
Para fazer memória da luta daqueles
Que aqui se levantaram contra a opressão
E ousaram decidir os seus próprios destinos
Este ideal é a nossa herança.
Cuipiranga, 07.09.2011

Obs. O trecho original de Neruda é:
“Aunque los pasos toquen mil años este sitio
No borrarán La sangre de los que cayeron
Y no se extinguirá La hora em que caisteis
Aunque miles de voces crucen este silencio”

Está na “Homenagem aos Mártires do Estádio do Chile”, deixada em 30/04/1990 pela Coordenação Nacional das Organizações pelos Direitos Humanos, em Santiago do Chile. Calcula-se que 3.000 mil pessoas foram presas, torturadas e mortas naquele local nos dias que se seguiram ao Golpe de Estado de 11 de setembro de 1973.
Calcula-se que foram mortas 40 mil pessoas na Amazônia durante a Cabanagem. Algumas das vítimas pertenciam a classe alta ou média: eram portugueses ou seus descendentes. Porém, a massa dos torturados e assassinados era composta principalmente de indígenas, negros, mestiços e brancos empobrecidos. O que disse Neruda faz muito sentido aqui, como também em toda esta vasta Nossa América Latina.

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